Na noite desta terça-feira (03), mais uma vez, a sessão da Câmara de Vereadores de Cícero Dantas não ocorreu por conta falta de quórum. Como apenas cinco parlamentares (dois de situação e três de oposição) estavam presentes no horário estabelecido como limite de tolerância, a sessão acabou sendo prejudicada, e o presidente da casa Abelardo Junior (PSL) decidiu por encerrá-la.
A ausência de quórum acabou revoltando o público presente, que esperava assistir à votação do projeto de lei 359/19, que reorganiza o sistema de ensino em Cícero Dantas e à discussão sobre o não pagamento do adicional por tempo de serviço aos servidores públicos pelo poder executivo.
Presidente do SINDICID – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cicero Dantas Ambrósio Gama, o não acontecimento da sessão deixou os funcionários públicos frustrados. “Na semana passada, foi aprovado um requerimento para a realização da discussão sobre o adicional por tempo de serviço, então, foi um choque para a gente, que chegou a requisitar a vinda do corpo jurídico, que estava em Salvador”, comentou o sindicalista, que afirmou que irá enviar uma solicitação à Câmara para tratar do assunto na sessão do dia 16 de abril (daqui a duas semanas).
Já para o vereador de oposição Nenê de Nedito (PRB), a falta de quórum se deveu a uma manobra dos parlamentares que apoiam o prefeito e que estariam interessados em inviabilizar a discussão sobre o adicional por tempo de serviço. “Foi um ato lamentável, isso só ocorre quando há uma matéria do interesse do prefeito”, opina ele, que chama atenção para a ausência de um representante do município na sessão: “foram convidados o presidente do sindicato e a prefeitura, que deveria mandar alguém como representante, mas ninguém apareceu, o que dá margem para pensarmos que foi um acordo com os vereadores da situação”.
Presidente da Câmara, e vereador da situação, Abelardo Junior vê a situação de outra forma. “O único prejudicado com a não realização da sessão nesta terça, foi a secretaria de educação, que está interessada em ver aprovada a proposta de reorganização do ensino. A discussão sobre o adicional não foi comprometida porque ontem mesmo, o presidente do Sindicid solicitou tratar desta questão daqui a duas semanas e eu deferi o pedido”, declarou Abelardo que informou também ter recebido ligação de sete parlamentares justificando a ausência na sessão de ontem.
A discussão sobre o não pagamento do adicional por tempo de serviço irá ficar para o dia 16, em função da agenda do dia 09 já estar comprometida com a votação da prestação de contas do ex-prefeito do município, José Weldon, relativas ao exercício financeiro de 2011.