Durante a sua participação na sessão remota desta terça-feira (14) na Câmara Municipal de Cícero Dantas (BA), o vereador Nenê de Nedito, líder da bancada de oposição, voltou a criticar alguns dos procedimentos adotados pela gestão municipal no combate à pandemia de Covid-19.
Um dos pontos de contestação do parlamentar é a recomendação, segundo ele, de as pessoas com sintomas sugestivos da Covid-19 se dirigirem inicialmente a Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Tenho ido em algumas unidade básicas e ouvido essa questão de se chegar no hospital e mandarem o suposto infectado com coronavírus para os postos de saúde. O suposto paciente vai infectar quem está la no posto, uma mãe de família, uma criança, uma gestante, um senhor de idade, um hipertenso (…) isso é um crime, é o chamado homem-suicida, para matar quem está lá”, opinou Nenê.
Para o vereador, o local apropriado ao direcionamento dos pacientes com sintomas é o hospital municipal Luiz Eduardo Magalhães: “Essa situação de o paciente ao sentir qualquer tipo de sintoma, procurar a unidade básica de saúde, eu acho ela totalmente irresponsável, porque o povo não está indo para o hospital mais. O hospital parece mais uma casa abandonada. O povo só vai se for um emergência da emergência.”
FALTA DE EPIs
Nenê de Nedito também disse que está existindo falta de equipamento de proteção aos funcionários da saúde pública: “O profissional que está ali, eu pude observar em alguns postos de saúde, mal tem uma máscara. Essa máscara plastica, aquele aparato todo, deveriam todos ter. Inclusive, vereador Carlinhos, eu estive no Conjunto Urbis, e pude observar a vossa esposa trabalhando e ela não tinha esses EPIs. Ela está exposta e pode levar para a sua filha, para sua mãe.”
EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS
Durante sua fala, o vereador Nenê também solicitou ao presidente Abelardo Júnior, que fizesse um ofício direcionado à agência bancária do Bradesco pedindo informações sobre a atual situação de um convênio com a prefeitura, e que envolve servidores municipais como beneficiários. “Alguns funcionários do município me passaram por WhatsApp uma cobrança que receberam do não-pagamento de um empréstimo consignado. Alega o banco no extrato, que o consignado feito entre o ser vidor e agência e financiado pelo município deixou de ser pago em alguns meses, e por conta disso, a partir de agora, o desconto vai ser feito na própria conta do funcionário.”
Após ouvir a requisição do colega, Abelardo Júnior garantiu que irá procurar o secretário municipal de Finanças, Francisco Diego, para obter informações sobre o panorama desses empréstimos consignados e que em seguida, encaminhará um ofício à agência para esclarecer a questão por completo.
Redação de Sertão em Pauta.