Presidente da Câmara em 2017 e 2018, vereadora Aderian fala sobre conflito envolvendo servidora e ex-chefe de controle interno

Parlamentar foi presidente da casa durante os dois anos e foi, à época, quem nomeou o chefe de controle interno
câmara de cícero dantas
Reprodução - Fan page/Câmara Municipal
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Após o Sertão em Pauta publicar uma matéria na última quinta-feira (26), referente ao posicionamento de alguns vereadores da Câmara Municipal de Cícero Dantas (BA) em relação a um conflito entre uma servidora efetiva de controle interno do legislativo e o ex-chefe do setor, que atuou durante pouco mais de um ano no legislativo local (até dezembro de 2018), a vereadora Aderian de Jesus, presidente da Câmara entre 2017 e 2018, entrou em contato com a nossa reportagem para apresentar a sua versão sobre o caso.

Responsável, em novembro de 2017, pela nomeação do indivíduo que está sendo acusado de ser funcionário fantasma, para o cargo de chefia do controle interno, a parlamentar Aderian afirmou ao nosso site, que só realizou a contratação por ter recebido um notificação da Procuradoria Geral da República (PGR) para que retirasse de cargos de chefia, funcionários concursados.

“A funcionária, quando cheguei na Câmara era chefe de controle interno, e ela continuou no cargo, se salvo me engano, durante uns oito meses. Mas, todo mundo sabe e isso é notório, que não existe cargo de chefia para concurso público, então fui notificada pela procuradora, como também outras prefeituras e câmaras, para que se tivessem um concursado em cargo de chefia, que este fosse retirado, pois era inconstitucional”, afirmou a vereadora.

A vereadora Aderian disse também que na época chegou a ser orientada pela própria assessoria jurídica da Câmara, para que indicasse uma pessoa de fora do quadro de concursados para a chefia de controle interno. “Essa questão, inclusive, foi votada e aprovada no plenário da casa em duas sessões”.

Quanto ao fato de alguns vereadores terem dito que nunca chegaram a ver o chefe nomeado por ela trabalhando na Câmara, Aderian alegou que o cargo de chefia não demanda a presença constante no prédio do legislativo: “Chefe de controle interno não precisa estar sempre presente, ele muitas vezes está em contato com o contador, em trabalho externo. Mesmo assim, há fotos dele presente na Câmara, e aí você acha que os funcionários da casa vão dizer também que não o viam?”

Como mencionado na matéria da semana passada, o ex-chefe de controle interno acionou a funcionária concursada na Justiça, solicitando uma indenização por danos morais, por ter sido chamado de “funcionário fantasma”, em uma publicação no Facebook.

O seu advogado no processo trabalha atualmente no escritório de advocacia que assessora juridicamente a Câmara, e isso causou estranheza e indignação em parte dos vereadores que trataram do assunto na sessão da última terça (24), mas de acordo com Aderian de Jesus, a ação foi aberta ainda no ano de 2018, quando este advogado ainda não atuaria na empresa.

“Eu nunca soube quem é a assessoria da Câmara e nunca procurei saber. Eu procurei o ex-funcionário após a sessão da terça e perguntei o que estava acontecendo. Ele me disse que o advogado era seu amigo, e que foi dada entrada na ação ainda em 2018, quando ele não fazia parte do escritório. Então, eu imagino que se isso é problema, o advogado vai se afastar do caso”, declarou Aderian, que disse também só ter tomado conhecimento da ação judicial após a sessão da semana passada: “Antes da terça, eu não sabia disso”.

Redação de Sertão em Pauta.

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