Na próxima sexta-feira (14), manifestações contrárias à proposta de Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro devem tomar as ruas de diversas cidades do Brasil. O ato político, organizado por centrais sindicais, sindicatos de categorias profissionais e movimentos sociais também propõe a paralisação geral dos trabalhadores em protesto à possibilidade de aprovação da reforma no Congresso Nacional.
Em Cícero Dantas, no Nordeste Baiano, o cenário não será diferente. O SINDCID, sindicato dos servidores públicos do município já confirmou que realizará um ato em parceria com o SISMUB, SINDFA e SINDHELI, seus congêneres nos municípios de Banzaê, Fátima e Heliópolis, respectivamente.
A manifestação começa às 9h da manhã e tem como ponto de concentração a Praça Raimundo Borges Santana, em Cícero Dantas (próximo às sedes do SINDCID e da Prefeitura); de lá, os manifestantes devem seguir em passeata por ruas da cidade. Em edital de convocação divulgado nesta quarta-feira (12), o SINDCID convida para participar da manifestação os servidores públicos estaduais, instituições de ensino de grau superior, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, estudantes, integrantes do comércio local e de entidades sem fins lucrativos e toda a sociedade civil.
Para o presidente do SINDCID, Ambrósio Gama essa é uma oportunidade para que a população se posicione publicamente contra o projeto de Reforma da Previdência, que está tramitando na Câmara dos Deputados; ele, aliás, não acredita que o anúncio de possíveis ajustes na reforma, após encontro dos governadores em Brasília, nesta terça-feira (11) vá enfraquecer os protestos.
“Eu não acredito nessa possibilidade, até porque , a partir do momento que se é atingido (..) principalmente, a questão dos direitos adquiridos que ninguém sabe como vai ficar, outro ponto é a questão do trabalhador rural, que ainda não está totalmente definido e também a do aumento da idade. Além disso, até agora, não se comprovou realmente que a Previdência está quebrada”, comenta Ambrósio Gama, chamando atenção para a necessidade de outras medidas que não atinjam, os trabalhadores: “em encontros que temos ido, se coloca as grandes empresas que devem quantias bilionárias à Previdência”