600 respiradores artificiais que haviam sido comprados pelo Governo da Bahia, em nome do Consórcio Nordeste, não virão mais para território brasileiro. Isso porquê a empresa chinesa que forneceria os materiais cancelou a compra, sem dar explicações de sua decisão.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, os respiradores ficaram retidos no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, durante uma conexão aérea para o Brasil. O cancelamento do contrato orçado em 42 milhões de reais (não desembolsados), ocorreu no início da semana, quando a empresa apenas comunicou que a carga passaria a ter outro destino, que não foi especificado.
O secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, em entrevista à Folha, disse que os representantes da empresa “alegaram apenas razões técnicas” para o cancelamento; ele também adiantou que o governo estadual já está em busca de outro fornecedor, que provavelmente também deve ser chinês.
Ainda segundo o veículo paulista, há uma desconfiança de que os equipamentos tenham sidos destinados para o uso dos próprios norte-americanos, mediante um acordo para pagar mais à empresa da China.
Diante de uma cenário de busca acelerada por equipamentos de saúde, na última quarta (01), o governo americano enviou 23 aviões cargueiros ao país asiático para o transporte dos produtos comprados. Essa atitude dos EUA foi mencionada pelo próprio Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, em coletiva nesta semana, onde apelou para a utilização moderada dos produtos existentes no Brasil.
Redação de Sertão em Pauta, com informações de Fábio Zanini, da Folha de São Paulo.