Câmara de Cícero Dantas aprova por unanimidade projeto de combate ao suicídio e indicação para nome de praça

Proposição elaborada com a ajuda de psicólogos, foi trazida à casa pela vereadora Eugênia de Evangelista
vereadora apresenta projeto de combate ao suicídio
Reprodução / Facebook
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O parlamento municipal de Cícero Dantas (BA) aprovou na noite desta terça-feira (08), a partir de votação nominal e de modo conjunto, uma indicação para denominar de Almerindo de Oliveira, a praça da Academia de Saúde do Povoado Serra Grande e o projeto de lei nº 410/2020, que institui no calendário da cidade o mês de setembro como o de valorização, qualidade de vida e prevenção ao suicídio. Ambos foram aprovados pela totalidade dos vereadores presentes.

A indicação para a denominação da praça é do vereador Nenê de Nedito (PSD), que em sua justificativa, classificou a iniciativa com uma singela homenagem ao povo de Serra Grande, que teve em Almerindo um representante político na Câmara (enquanto vereador) que “muito contribuiu para o desenvolvimento de Cícero Dantas”.

Almerindo faleceu no mês de agosto em decorrência da Covid-19; vereador do município nas décadas de 1960 e 1980, ele residiu durante quase toda sua vida na rua onde a referida praça está sendo construída.

COMBATE AO SUICÍDIO

Também foi aprovado na sessão, o projeto de lei de nº 410, de autoria da vereadora Eugênia de Evangelista (Avante), que além de instituir no calendário municipal, o mês de setembro como o de valorização da vida e de prevenção ao suicídio, estabelece a semana do dia 10 como a de maior destaque nas ações do Poder Público, para o combate a este problema.

Em um discurso emocionado na tribuna da casa, a parlamentar comentou sobre a necessidade de as autoridades públicas estarem atentas às doenças de ordem psíquica, que na sua visão, estão se tornando cada vez mais constantes no município e também falou sobre seu caso particular: “Isso deveria ter partido de mim há muito tempo, porque eu estou vereadora, mas estou em tratamento de depressão há mais de dois anos. Eu tomo remédio todos os dias para levantar e dormir; sei o que é isso e o que é você não poder falar sobre isso, pois você é tachado como louco, doido ou uma pessoa incapaz (…) não, eu não sou incapaz, não sou louca, eu sou uma pessoa tão sã, que tenho consciência que preciso de ajuda, e eu queria que as pessoas pudessem falar sobre isso sem medo. Gente é uma doença, ninguém escolhe uma doença.”

Para a parlamentar, é importante ressaltar que a depressão e ideações de morte, por exemplo, não se restringem a determinados grupos sociais, nem se limitam a públicos especificados por gênero, renda e idade. “A depressão não escolhe idade, tanto criança pode ter, como adolescente, jovem, adulto, idoso. A depressão chega pro pobre e pro rico, pro branco e pro negro, chega pra quem tá todo dia na Igreja, pro ateu; e não chega perguntando se pode entrar. A gente vê aí quantos padres estão com problemas de transtorno, e quantas pessoas ricas e famosas que acabam se matando. Vamos parar de fingir que não está acontecendo”, pontuou Eugênia, ao cobrar uma atuação mais presente do poder público local no acolhimento das pessoas.

Na sessão, se fizeram presentes, inclusive, profissionais de psicologia, que discutiram a elaboração do projeto com a vereadora Eugênia de Evangelista; seu discurso e proposição foram parabenizados pelos demais parlamentares presentes na casa legislativa.

Redação de Sertão em Pauta.

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