Um estudo desenvolvido pelo professor Cleiton Silva, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Feira de Santana e tutor do grupo PET da Faculdade de Economia, indica que a Bahia pode vir a ter 1,1 milhão de pessoas infectadas por Covid-19 ao longo do atual quadro de pandemia.
A pesquisa que foi feita em parceria da graduanda em Ciências Econômicas, Yasmin Oliveira, parte do pressuposto de que uma população fixa pode ser dividida em grupos de pessoas suscetíveis, infectadas e recuperadas, a partir do uso do modelo SIR.
Considerando os dados apresentados entre 6 e 31 de março, o estudo aponta que o crescimentos diário da infecção no estado é de 23% e que a cada 3,3 dias, o numero de casos vem a dobrar. Além disso, é entre a população de 70 e 79 anos que se mostra a maior incidência de contaminados por 100 mil habitantes (3,44).
O número de 1,1 milhão de infectados na Bahia considera a população total do estado (14,9 milhões) e que medidas adicionais de contenção não serão adotadas ao longo das próximas semanas, assim como o aumento da incidência de testes realizados não irá ocorrer.
Os pesquisadores também mencionam que em um único dia, a Bahia pode vir a precisar de 165 mil leitos, levando em conta que 15% da população contaminada necessitará de internamento em um hospital e de cuidados especiais.
De acordo com gráficos do estudo, o número de casos deve aumentar com mais força a partir do dia 27 de abril e alcançar o pico no dia 16 de maio, e somente a partir da segunda semana de junho é que haverá uma queda substancial no quantitativo de infectados.
“O número assusta, eu também fiquei assustado quando concluí os cálculos, mas está em acordo com estudos internacionais. As projeções podem mudar dependendo das medidas que forem adotadas pelas autoridades nos próximos dias e do comportamento do vírus em nossa sociedade, mas, no cenário atual, essa é a estimativa.”, disse Cleiton Silva ao jornal Correio.
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Redação de Sertão em Pauta.