Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (13), pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), em parceria com as secretarias estaduais de Fazenda (Sefaz) e da Segurança Pública (SSP), no município de Tucano, no nordeste baiano, desarticulou um esquema de sonegação fiscal envolvendo um grupo de empresas do setor atacadista de alimentos que causou um prejuízo de mais de 22 milhões de reais aos cofres públicos.
Denominada “Operação Sem Fronteira”, a operação prendeu os empresários José Iranildo Andrade dos Santos e Rita de Cássia Rodrigues Souza, além do “testa de ferro”, José Maurício Soares. Documentos, computadores, dinheiro em especie e quatro carros de luxo também foram apreendidos.
De acordo com o Ministério Público, a investigação realizada pela força-tarefa descobriu um grande volume de sonegação fiscal pelas empresas envolvidas na fraude, o uso de “pessoas laranjas” nos seus quadros societários, além de notas fiscais falsas, chamadas pelo grupo criminoso de “notas tabajara”, que eram utilizadas para burlar a fiscalização e disfarçar o trânsito de mercadorias feito por mais de 30 caminhões de propriedade do grupo fraudador ou de familiares.
Com a prática dos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa, o grupo lesou as finanças estaduais, desestabilizou o mercado por meio de concorrência desleal e acumulou patrimônio de forma irregular.
Ainda segundo o MP, o cálculo do prejuízo ao fisco tendo como base as operações registradas pelos sistemas da Sefaz, motivo pelo qual o montante real, em função da natureza das fraudes cometidas, pode ter sido bem maior.
Confira a seguir a lista das empresas que participavam do esquema:
José Iranildo Andrade dos Santos ME;
José Maurício Soares ME;
Mário Sérgio de Jesus ME;
M Soares de Andrade ME;
Comercial de Alimentos Andrade Eireli;
Rita de Cássia Rodrigues Souza ME;
Maria Ivanildes Andrade dos Santos Bacelar ME; e
Maria Ivonete Andrade dos Santos ME.
Redação de Sertão em Pauta, com informações de Aline D’Eça, MP-BA.