Colégio estadual em Cícero Dantas realiza festival literário aberto à população

Evento promovido pelo Colégio Professor Luiz Navarro de Brito contou com apresentações de teatro, corais e arena de leitura
festival literário em Cícero Dantas 1
Jovens fizeram apresentação contando a história da Turma da Mônica - Sertão em Pauta
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O Colégio Estadual Professor Luiz Navarro de Brito foi palco, nesta sexta-feira (30), da 1ª edição do Festival Literário da unidade escolar, um projeto construído com o objetivo de ampliar o interesse dos estudantes do ensino médio por obras literárias de diferentes gêneros e épocas e de chamar a atenção da população de Cícero Dantas para a importância da prática da leitura, em tempos dominados pela tecnologia.

Com o tema “Reinvenção da Realidade”, o Festival, foi aberto às 8h da manhã com uma exibição de ginástica artística e depois contou com apresentações teatrais, exposições sobre autores e obras, arena de leitura. Ao longo do dia estiveram presentes no colégio pais dos estudantes que puderam ver seus filhos participando das atividades, e várias crianças e jovens, que estudam em outras unidades da sede e de povoados.

O evento também contou com stands, onde foram expostos banners contendo detalhes das trajetórias de diversos autores da literatura brasileira; desde os mais clássicos como Graciliano Ramos e Monteiro Lobato até autores de obras contemporâneas como Walcyr Carrasco (de novelas, que também são um gênero literário) e Thalita Rebouças (romances adolescentes).

Encenação teatral – Sertão em Pauta

Bianca Pereira, do 3ª ano, participou de uma apresentação teatral sobre a vida e carreira de Clarice Lispector, escritora ucraniana naturalizada brasileira, e falou que o evento foi importante despertar o interesses dos alunos a respeito de diversos autores “Eu fiquei com um livro da autora, chamado Laços de Família, em que ela fala sobre problemas familiares, uma coisa muito comum e basicamente, acontece com todos. O festival é muito bom, pois trabalha de novas formas, o conteúdo com os alunos”, opina a jovem.

Essa opinião também é compartilhada por Mariany Correia, aluna do 2º ano, e que participou de uma apresentação sobre a vida de Monteiro Lobato, vestida de Emília, personagem do Sítio do Picapau Amarelo. “Eu adoro me envolver nesses projetos, eles são muito bons para todos. Desde quarta-feira estamos estão empenhados em torno da feira”.

Uma das atrações mais concorridas do Festival foi a apresentação da Turma da Mônica, feita por alunos do 2º ano, que contaram aos espectadores que visitava a sua sala, como surgiram os personagens e as peculiaridade de cada um deles. Natali Santana, que representou Mônica comentou sobre a experiência: “É surreal, porque assim nós podemos aprender mais um pouco, não só sobre Maurício de Souza (autor da Turma da Mônica), como também sobre a nossa literatura brasileira.”

festival trouxe apresentações sobre a Turma da Mônica
Mural com imagens da Turma da Mônica Sertão em Pauta

Já Paulo Éverton, que represento o personagem Cascão, falou especificamente sobre o valor da obra de Maurício de Souza: “Ele é um escritor muito importante, já há bastante tempo. A sua literatura tem um grande impacto na vida das pessoas, principalmente, na infância, visto que incentiva as crianças à leitura.”

Coordenadora do festival, a professora de Língua Portuguesa Maísa Castro explicou como surgiu a ideia de criar o evento: “A partir do momento em que vemos que a leitura do livro está perdendo espaço nessa era de tanta tecnologia. A gente sempre incentiva a leitura no colégio, mas do muro para dentro, e agora resolvemos fazer o inverso, chamando a atenção de outras escolas e do público em geral, de fora, escolhendo não só autores consagrados como Graciliano Ramos, mas também Walcyr Carrasco, contemplando aquele pessoal que gosta muito de novelas.”

autora homenageada em festival
Thalita Rebouças foi uma das autoras homenageadas no festival – Sertão em Pauta

A mestre destaca ainda que a realização do festival é fruto de um trabalho de preparação iniciado há cerca de 50 dias. “Os meninos compraram a ideia e o que a gente almeja é mostrar que ler é libertador, tanto que a gente trouxe Clarice Lispector que disse que ‘liberdade é pouco, e que ela procura ainda mais’. E através da leitura, nós viajamos, conhecemos pessoas, ampliamos nosso vocabulário e o conhecimento.”

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