Na sessão ordinária desta terça-feira (19) na Câmara Municipal de Cícero Dantas (BA), a 16ª do último período legislativo da atual legislatura, o vereador Nenê de Nedito (PSD) fez uso da tribuna da casa para criticar a gestão do governo estadual no abastecimento de água para o município. Na visão do parlamentar, faltam maiores investimentos para assegurar que a totalidade da população local tenha acesso ao serviço com regularidade.
“A gente está deixando de cobrar das nossas autoridades, deputados e até mesmo para o nosso governador atitudes mais enérgicas para o combate à grade seca. Nós estamos vendo aí, povoados sofrendo muito com a grande estiagem como Campinas de Castro, Olho d’Água, Serra Grande e outras grandes regiões da gente aqui que não têm ainda o poço funcionando ou quanto, têm, não está a todo vapor. E aqui na sede não é diferente, e temos passado alguns momentos despercebidos, e faço vênia à minha fala antes da vinda do governador à Cícero Dantas que a gente tinha que estar lá cobrando … e a minha voz passou despercebida. Alguns benefícios foram anunciados, mas nós não vimos a perfuração dos poços que queríamos que fossem perfurados”, comentou o vereador fazendo alusão à Bacia de Tucano, que na sua visão precisaria de mais um poço.
Ainda se referindo à estrutura da Bacia de Tucano, Nenê comentou que a política de distribuição dos recursos hídricos da estrutura para outras cidades da região como Fátima e Paripiranga, adotada na gestão do Governador Jaques Wagner, acabou prejudicando Cícero Dantas: “Talvez se ficasse só em Cícero Dantas, nós não estivéssemos passando o que estamos hoje. Nós aceitamos distribuir para outras regiões, e a cada dia que passa, o numero de clientes da concessionária Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento) aumenta, e o volume de água, baixa. Ou seja, um cobertor curto para um corpo grande.”
Nenê ainda aproveitou o momento para pedir maior celeridade dos órgãos estaduais nos serviços de manutenção e de reestruturação e poços artesianos na zona rural, citando não só a Embasa, mas também a Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia S.A.). “Agora estamos vivendo aqui a situação de Campinas de Castro. É fácil se perfurar do dia pra noite? Tem uma tal de uma burocracia chamada protocolo, estudo (…) quando vai se esperar pela ordem, não tem mais um pé de planta vivo. São sistemas que temos que começar a correr atrás, essa queda de braço Embasa, Coelba e município só tem penalizado o nosso município … em tal região, poço não pode ser ligado, porque está faltando uma adição de fase para trifásica, e entra ano e sai ano.”
Redação de Sertão em Pauta.